Burnout: entenda o que é e como podemos evitar esse problema

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por admin
em agosto 30, 2022

Irritação, insônia, falta de motivação, cansaço e negatividade são alguns dos sintomas, que também incluem problemas físicos, como dores e imunodeficiência

A vida moderna está cada vez mais acelerada, apesar do alerta dos especialistas de que isso é um perigo para a saúde física e mental. Sem tempo para descansar, praticar exercícios físicos e conviver com quem importa, cresce o número de diagnósticos de transtornos psicológicos em todo o mundo. 

A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, ganhou atenção nesse momento, especialmente porque teve um crescimento expressivo durante a pandemia. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que essa é uma das doenças do século. 

Faz sentido. Todos precisamos nos isolar, mas a principal causa do Burnout, o trabalho, se adaptou e continuou. Isolados em casa, em meio a um momento de luto coletivo e lidando com as novidades impostas pelas inúmeras mudanças de hábitos, continuamos sendo cobrados para ser produtivos. 

Não tinha como isso “dar certo”. E não deu. O termo Burnout vem da junção de duas palavras em inglês: burn (queimar) e out (fora). Faz referência a uma “explosão”, aquele momento em que as pessoas que estão sobrecarregadas e experimentando momentos de estresse diariamente têm um “surto”.

Diagnóstico e sintomas

O Burnout costuma começar com sinais que podem ser facilmente confundidos com depressão, ansiedade ou simplesmente estresse, o que faz com que seja fundamental para o diagnóstico entender a rotina daquele paciente e as condições de trabalho (ou estudo) às quais ele está submetido.

Segundo a OMS, o Burnout costuma se apresentar em três dimensões: a exaustão (aparente cansaço físico e mental), o cinismo (indiferença e desprezo em relação às obrigações, operando no “automático”) e a consequente redução da eficácia profissional (perda de produtividade).

Somadas a essas dimensões, aparece uma lista extensa de sintomas:

  • Insônia e pouca qualidade do sono;
  • Irritação constante e episódios de agressividade;
  • Cansaço;
  • Dores musculares e de cabeça;
  • Perda de apetite;
  • Desânimo e tristeza constante;
  • Falta de motivação para fazer atividades que antes eram satisfatórias;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Ideações suicidas;
  • Dificuldade de concentração;
  • Disfunção sexual;
  • Problemas cardiovasculares;
  • Problemas respiratórios;
  • Agravamento de quadros de alergia crônica;
  • Pressão alta;
  • Imunodeficiênica.

Esses sinais não costumam aparecer sozinhos e, sem mudanças na rotina e ajuda profissional, tendem a ir agregando outros com o tempo. Vários estudos demonstram que o isolamento social é um agravante. O problema é que, pessoas com Burnout, tendem a se isolar cada vez mais, pois estão exaustas.

Tratamento e prevenção

Alguns medicamentos, assim como acompanhamento terapêutico, podem fazer parte do tratamento e são ferramentas importantes para ajudar o paciente a sair de um quadro crítico de Burnout. Praticar exercícios físicos e se engajar em atividades como meditação ou yoga, são outras recomendações.

No curto prazo, é muito indicado que a pessoa com quadro de Burnout faça uma pausa, tirando uma licença ou férias. Mesmo assim, pensando no longo prazo, é preciso voltar o olhar para a raíz do problema, ou seja, as circunstâncias e excessos que desencadearam a Síndrome.

Não estamos falando que todo mundo que tem Burnout precisa pedir demissão e mudar de emprego, mas algo nessa relação deve ser alterada. Pode ser o caso, por exemplo, de aprender a delegar algumas funções, diminuindo a sobrecarga.

Em outros casos, uma boa conversa com o chefe pode ajudar. Afinal, como os sintomas do Burnout acabam acarretando em perda de produtividade, muitas empresas já perceberam que é vantajoso para elas cuidar de seus colaboradores — satisfeitos, eles rendem mais.

O melhor tratamento, porém, é sempre a prevenção. Ou seja, não só quem já sofreu com Burnout, mas todo mundo que trabalha, deve garantir momentos de pausa e horas de lazer. Nem sempre isso é possível, mas, sempre que for, o ideal é prezar pelo seu descanso no lugar das horas extras.

Além disso, todos devem manter uma rotina de exercícios físicos e de cuidados com a saúde mental (como terapia). Evitar o consumo de álcool e drogas estimulantes é outro cuidado importante. No mais, escute seu corpo, ele dá sinais!

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