Residência médica na FMUSP

Tudo sobre a especialização numa das instituições mais concorridas do Brasil

A residência médica é uma pós-graduação feita por profissionais recém-formados que possibilita a sua atuação em especialidades, tais como clínica geral, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, ortopedia e pediatria.

No entanto, a concorrência para se passar na prova deste tipo de especialização é extremamente alta. Entre as opções, destaque para a residência na USP, uma das instituições mais bem avaliadas e mais disputadas no Brasil. 

Se você sonha em realizar a sua residência médica na Universidade de São Paulo, conheça um pouco mais sobre a instituição, as etapas do processo seletivo e os diferenciais de se especializar numa das melhores universidades do país.

Conheça melhor a residência na USP

Fundada em 1934, a Universidade de São Paulo ou, simplesmente, USP é uma das instituições públicas de ensino superior mais visadas no país. Em se tratando especificamente da residência, a universidade oferece 54 programas de especialização em diversas áreas médicas.

De acordo com o site oficial da USP, 60% dos alunos que cursaram Medicina na universidade fazem parte do programa de residência, restando uma média de 40% do restante das vagas para médicos recém-formados oriundos de outras faculdades, de São Paulo e de outros estados brasileiros.

O processo seletivo de residência é feito em três etapas: a prova escrita, a prova prática e a entrevista. A primeira delas é a de maior peso (correspondente a 50% da pontuação total) e conta com 100 questões de múltipla escolha e 5 questões dissertativas.

A prova prática (com peso de 40%) vai analisar as habilidades do candidato em meio aos casos clínicos que lhe são apresentados. A última etapa é a entrevista (com peso de 10%), na qual o profissional passará por uma análise e arguição do seu currículo, considerando experiências anteriores como estudante de Medicina.

As 10 especialidades mais concorridas, com base na relação candidato/vaga do processo seletivo de 2022, são cirurgia geral, neurocirurgia, otorrinolaringologia, 

obstetrícia e ginecologia, dermatologia, psiquiatria, cirurgia cardiovascular, neurologia, medicina esportiva e cirurgia plástica.

Diferenciais e detalhes da residência na USP

A residência médica na Universidade de São Paulo poderá ser realizada em locais diferentes, de acordo com a especialidade escolhida. Pode ser, por exemplo, no Hospital Universitário da USP, no Hospital das Clínicas ou mesmo em Unidades Básicas de Saúde (UBS). 

Em relação à carga horária, são 2.880 horas por ano, o correspondente a 60 horas por semana. Este número inclui 24 horas de plantão, bem como folgas semanais. Cerca de 80% a 90% da residência é constituída de estágios práticos, sendo o restante do tempo voltado para atividades teórico-pedagógicas.

A duração da residência médica também varia conforme a especialidade, podendo durar de 1 a 5 anos. Áreas de acesso direto, como clínica médica, acupuntura e medicina do trabalho duram 2 anos;  anestesiologia, infectologia e obstetrícia e ginecologia 3; e cirurgia cardiovascular e neurocirurgia 5 anos.

Um dos benefícios que a USP oferece aos seus residentes é a alimentação. O almoço e o jantar são disponibilizados gratuitamente no restaurante do hospital. No caso de moradia, o Hospital das Clínicas disponibiliza quartos compartilhados para duas pessoas, liberando ainda o café da manhã também no respectivo restaurante.

Se a pessoa mora muito longe do local da residência, a USP ainda oferece auxílio metrô. Caso a distância da casa do residente seja de 2 km ou mais do prédio da instituição, ele poderá receber meia passagem liberada para o transporte público coletivo.

Além disso, sendo uma instituição de renome e tradição, a USP detém uma quantidade significativa de verbas e recursos. Isso implica numa melhor estrutura física e técnica para todos os profissionais ali presentes, incluindo os residentes. Ao mesmo tempo, há maiores possibilidades de se fazer intercâmbio em outros países.